Quase 100 pessoas que vivem na comunidade do Sana, em Macaé (RJ), estão sendo beneficiadas por práticas socioambientais promovidas pela Fundação Norberto Odebrecht. As ações, que envolvem a capacitação de agricultores familiares para o aumento da produtividade e da sustentabilidade de seus plantios, são baseadas no Programa Social da Fundação, o PDCIS, e estão sendo implementadas junto a 30 famílias de produtores rurais como parte de uma iniciativa em colaboração com a Ocyan, empresa de óleo e gás do Grupo Novonor.
O projeto social teve início em julho, a partir de uma parceria firmada entre a Ocyan, a Fundação, o Governo Municipal e a Associação dos Produtores da Agricultura Familiar do Sana (APAF-SANA). Relembre aqui como foi lançamento da iniciativa!
Com o apoio de parceiros, a primeira ação realizada junto aos agricultores familiares da região foi a de capacitação e implementação do chamado Planejamento Integrado de Propriedade (PIP). Prática desenvolvida a partir da experiência da Fundação e das organizações que fazem parte do PDCIS no Baixo Sul da Bahia, o PIP promove um diagnóstico da propriedade do beneficiário, ajudando-o a saber qual são os melhores lugares para plantar, manter a reserva legal, criar animais e construir. Na prática, ele permite que os produtores possam otimizar suas áreas produtivas.
Quem já está sendo beneficiado é Adalto Berguerand, agricultor da região. Para ele, ter apoio para produzir mais e melhor vai permitir que ele sustente sua família sem precisar recorrer a outros trabalhos: “estar [sendo beneficiado pelo] projeto vai melhorar nossa renda, e eu vou poder me dedicar mais ao que eu mais gosto de fazer, que é mexer com a terra”, conta ele. Outro produtor beneficiado, Leandro Rosa cultiva banana, banana da terra e aipim em sua propriedade. “Espero que o projeto realize a nossa vontade, que é trabalhar na lavoura e continuar trabalhando no campo. Que nos ajude bastante em nosso ramo”, diz.
Francisvaldo Roza é diretor da Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), instituição parceira do PDCIS que tem contribuído para capacitação destes agricultores junto a consultores. Para ele, o PIP é uma ação que permite ao beneficiário ter uma visão mais ampla de sua propriedade. “Essa iniciativa também traz uma espécie de ‘marco zero’ para nós e para a Fundação sobre como esta comunidade está em termos de produção, práticas ecológicas, e muito mais”.
Algumas das análises que já puderam ser feitas na relação junto à comunidade identificaram, por exemplo, que as culturas predominantes na região são as de hortaliças, banana, café, inhame e aipim. Além disso, identificou-se que há uma variação muito grande de tamanho de propriedade na no Sana, mas que as áreas produtivas – ou seja, onde efetivamente se planta e se colhe – tendem a ser pequenas, com uma média de 10 a 15 hectares.
Cláudia Pimentel, coordenadora de Sustentabilidade e Parcerias na Fundação Norberto Odebrecht, explica a importância da elaboração deste marco zero junto à realização da ação. “Com informações como estas, será possível para nós e para nossos parceiros adaptar ainda melhor a nossa tecnologia social, o PDCIS, para lidar com as necessidades específicas daquela região. Isso significa moldar o projeto social ao que essas pessoas mais precisam, apoiando o território do Sana a se transformar efetivamente”, diz ela.
Para Kátia Santos, integrante da área de Responsabilidade Social na Ocyan, já é possível notar a mudança gerada pelo programa. “Os agricultores com quem tive contato começaram a alimentar o sonho de crescerem e se desenvolverem de forma mais sustentável. Eles estão diante de uma ‘nova retomada’ frente aos desafios que enfrentam”, opina ela. “A parceria da Ocyan com a Fundação, tenho certeza, está criando um caminho para fortalecer a vocação da comunidade do Sana na agricultura familiar”, diz.
A capacitação dos agricultores e a implementação dos PIPs deve ser finalizada em novembro, após cerca de 2 meses de trabalho. Mas o projeto de impacto social na região não acaba aí: os agricultores e agricultoras do Sana serão beneficiados com outras práticas do PDCIS até o ano de 2025.