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Reconhecimento internacional

Com o apoio técnico da Organização de Conservação da Terra, os produtores conquistaram o Selo Rainforest Alliance Certified™

14 de abril de 2015

No rosto de 17 agricultores familiares dos municípios da área de Proteção Ambiental do Pratigi, no Baixo Sul da Bahia, é possível notar que os sorrisos estampados têm uma nobre razão de ser. Foram três intensos anos de trabalho e capacitação, adequação a parâmetros, técnicas e novos procedimentos. No início deste ano, após auditoria do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), eles conquistaram a certificação socioambiental da Rede de Agricultura Sustentável (RAS), identificada pelo selo Rainforest Alliance Certified™.

A RAS é formada por um conjunto de instituições que promovem a sustentabilidade socioambiental da produção agrícola, através do desenvolvimento e aplicação de normas e políticas. As propriedades que cumprem a Norma RAS são certificadas e recebem o Selo Rainforest Alliance Certified™ (RAC), mundialmente reconhecido, que atesta que os produtores seguiram as normas que respeitam a conservação dos recursos naturais, como a água e o solo, protegeram a floresta, a vida silvestre e os ecossistemas, em condições de trabalho dignas e seguras. Para conseguir o feito, os agricultores do Baixo Sul, produtores de cacau, receberam o apoio técnico da Organização de Conservação da Terra (OCT), instituição que faz parte do Pacto de Governança do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia – PDCIS, apoiado pela Fundação Odebrecht e parceiros públicos e privados.

Agricultores usam o Equipamento de Proteção Individual para garantir a segurança 

Jairo de Souza, da comunidade Vale do Riachão, e Edvaldo de Jesus, da comunidade de Feira do Rato, ambas de Igrapiúna (BA), são dois dos agricultores certificados. Para Jairo, a experiência trouxe mais conhecimento e eficiência para sua produção. “Antes eu usava adubo químico e, na hora de catalogar o cultivo, era desorganizado. Hoje sigo todas as técnicas para otimizar o meu trabalho e abri mão do uso de agrotóxicos”, declara orgulhoso. Ao longo desses anos, o grupo de agricultores se empenhou na melhoria das técnicas de produção (como o uso de novas variedades de cacau e técnicas de clonagem que propiciam maior rentabilidade), adequação ambiental e reflorestamento. Vários deles já recebem pela prestação de serviços ambientais, como a proteção de nascentes. “Estou cuidando da água, dos animais, mudei o jeito de trabalhar na terra. A cada dia que passa, vejo mais resultados impactantes na minha propriedade”, diz Edvaldo.

Segundo Ana Paula Matos, Líder da Pequena Empresa Conservação Produtiva da OCT, o selo é uma conquista não só para os agricultores, mas também para a OCT. “Ele atesta as boas práticas adotadas, validando os esforços das famílias que adequaram suas propriedades para cumprir a Norma RAS. Elas se tornaram referência como modelo local de planejamento integrado da propriedade, gerando benefícios socioambientais para as comunidades onde estão inseridas”, afirma. Volney Fernandes, Diretor Executivo da OCT, também comemora a certificação. “Este é um marco para nós, que buscamos construir modelos que possam ser utilizados como espaços multiplicadores. A partir do momento em que essas unidades-família são certificadas, elas passam a ser exemplos efetivos”, completa.

 

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