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Jovens e líderes comunitários do Baixo Sul participam da Consulta Nacional Pós-2015 para definição dos próximos objetivos do milênio

Dentre as prioridades apontadas, destacam-se educação de qualidade e proteção a recursos naturais, como florestas e rios

5 de abril de 2013

Exemplos como o da Hora do Planeta e do aplicativo de redes sociais Amigo do Melhor Amigo têm reforçado o uso da internet para promover ações colaborativas e que incentivem mudanças na sociedade. Inserido nesse cenário, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou uma campanha online, onde era possível contribuir para a construção de uma agenda de prioridades mundiais a serem adotadas após o prazo previsto para alcance dos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Intitulada Consulta Nacional Pós-2015 “O mundo que nós queremos”, a votação foi realizada entre janeiro e março de 2013 pelo site My World 2015 (Meu Mundo 2015). De acordo com dados do portal, o Brasil se consolida como o terceiro país em participações online, contabilizando mais de 13 mil votos, dentre 76 nações. Nas primeiras posições aparecem Nigéria (146.904) e Índia (32.531).

A representatividade brasileira contou com a participação de jovens do Baixo Sul da Bahia, que se envolveram na ação durante encontros dos projetos socioeducativos Trilhando Caminhos e Círculos de Leitura. Dentre 16 temas elencados pela campanha, os adolescentes selecionaram aqueles que consideraram como prioridades. “Foi um momento importante porque expressamos nossas opiniões em prol de um mundo mais igualitário, com qualidade de vida, segurança, dignidade e educação", destacou Fernanda Andrade, 16 anos, do Trilhando Caminhos e moradora da comunidade de Lontra em Presidente Tancredo Neves (BA).

Os itens mais votados pelos jovens permeiam assuntos sobre educação de qualidade, proteção a florestas, rios e oceanos, melhorias dos serviços de saúde e de transportes, diminuição de crimes e violência e eliminação do preconceito e da discriminação, dentre outros. “Nossa seleção se ateve às dificuldades que passamos diariamente. Para todos, a consulta é um meio significativo para buscarmos soluções”, assegurou Rafaela Vieira, 17 anos, multiplicadora do Círculos de Leitura.

A Associação Guardiã da Área de Proteção Ambiental do Pratigi (Agir) também mobilizou moradores da região para participar da campanha. Na ocasião, 12 comunidades de cinco municípios foram envolvidas pela representação de líderes de associações.

As diretrizes apontadas nos resultados da pesquisa, em âmbito mundial, serão apresentadas para apreciação na próxima Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro deste ano, pelo Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon. No Brasil, a campanha, que foi reforçada com encontros presenciais, contou com o apoio da Secretaria Geral da Presidência da República.

Formação para a vida
Fomentado pelo Instituto Direito e Cidadania (IDC), o Trilhando Caminhos promove capacitações para o trabalho comunitário e convivência social pacífica. Em 2011, a iniciativa firmou uma parceria com o projeto Círculos de Leitura a fim de que os jovens também participassem dessa formação. O IDC atua no escopo do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS) e, além do Trilhando, conduz ações de mediação de conflitos e oferece serviços de emissão de documentação civil e titulação de terras.

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