Instituições de ensino desenvolvem pesquisas
Em sinergia com Organização de Conservação da Terra, fauna e flora local estão sendo mapeadas
9 de setembro de 2013
Em sinergia com Organização de Conservação da Terra, fauna e flora local estão sendo mapeadas
9 de setembro de 2013
A Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, que está localizada no Baixo Sul da Bahia e engloba os municípios de Ituberá, Nilo Peçanha, Igrapiúna, Piraí do Norte e Ibirapitanga, está inserida no Corredor Central da Mata Atlântica. A APA abriga inúmeras riquezas naturais, entre elas, grande diversidade na fauna e flora. Por isso, a região tem sido tema de pesquisas desenvolvidas pelas universidades: Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Estadual de Feira de Santana (UEFS), Estadual de Santa Cruz (UESC) e Instituto Federal Baiano (IF Baiano), em parceria com a Organização de Conservação da Terra (OCT).
Os estudos vão avaliar e gerar dados sobre a biodiversidade, modelos de análise e indicadores ambientais, mapeamentos de alta precisão e indicadores produtivos de Sistemas Agroflorestais (SAFs) método de cultivo que reúne diferentes culturas, como cacau, seringueira e árvores frutíferas – na APA. “Vamos agregar capital intelectual e maior confiabilidade às ações que estão acontecendo no território”, acredita Roque Fraga, Coordenador da Área de Conservação e Planejamento Ambiental da OCT.
A UEFS realiza o “Programa de Pesquisa Biodiversidade e Modelagem Ambiental na APA do Pratigi, Baixo Sul da Bahia” e contempla oito projetos que buscam entender a dinâmica ambiental para gerar protocolos de monitoramento dos ecossistemas e posterior elaboração de políticas públicas para a região. “Dentro desse estudo, temos pesquisas com Inventário e Ecologia de Avifauna, que tem revelado o grau de importância desta APA. Já identificamos, por exemplo, 200 espécies e devemos chegar a 400, metade de todas as espécies de aves presentes no Estado”, esclarece o professor Evandro Mesquita, coordenador do projeto da UEFS.
Com a UFRB e UESC, as pesquisas priorizam o levantamento para estimativa do potencial de biomassa florestal na APA e diversidade das espécies arbóreas, além de termos de cooperação para estudos socioeconômicos e potencial de mercado para espécies frutíferas. Já a parceria com o IF Baiano viabiliza o monitoramento da produtividade dos SAFs implantados por agricultores locais que são apoiados pela OCT.
Fraga acredita que a união da OCT com as instituições deve seguir gerando dados positivos. “Com o resultado dos estudos teremos uma visão clara da biodiversidade existente na APA e sua relação com os ecossistemas, gerando ferramentas para avaliarmos de maneira efetiva o capital ambiental que temos aqui”, ressalta.
A parceria tem ainda o envolvimento das comunidades. Serão realizados cursos, palestras e exposições fotográficas itinerantes nas escolas e cooperativas da região e de outros Estados. “É uma forma de divulgar a riqueza que existe na APA do Pratigi”, acrescenta o professor Mesquita.
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