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Inclusão digital de mulheres quilombolas é alvo de projeto social

Aprovada pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, proposta receberá investimentos para realizar capacitações e oficinas, buscando promover a cidadania e autonomia comunitária de trabalhadoras rurais

25 de julho de 2013

Fortalecer a participação da mulher em seu meio social e viabilizar sua inclusão no mundo virtual é o que pretende o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (Ides), com o projeto Inclusão Digital e Cidadania para Mulheres Quilombolas. Contemplada em chamada pública da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a ação beneficiará moradoras de três comunidades quilombolas do Baixo Sul da Bahia: Boitaraca, em Nilo Peçanha; Orobó, em Valença, e Lagoa Santa, em Ituberá.

Serão envolvidas 120 trabalhadoras de diferentes faixas etárias, entre agricultoras familiares, marisqueiras, catadeiras de piaçava e artesãs. “Por estar alinhado à realidade das comunidades, esse projeto contribuirá para o surgimento de uma nova relação com o computador e uso da internet. A ideia é que os conhecimentos de informática sejam colocados em prática de acordo com o cotidiano dessas pessoas”, avalia Frede Bonfim, professor do Curso de Inclusão Digital.

Serão realizadas 60 capacitações para 40 participantes em cada comunidade, com duração de 120 horas, além de encontros e oficinas sobre cidadania. “Os cursos vão nos ajudar a comunicar melhor. Os computadores já estão aqui, só precisamos aprender a usá-los”, comenta a artesã Santilia dos Santos, 51 anos, moradora de Lagoa Santa. Ela ainda destaca que o projeto vai permitir o acesso a conhecimentos disponíveis na internet. “Se não for assim, nos sentiremos isoladas”, completa.

Para execução das atividades, com início em janeiro de 2014 e término em junho de 2015, a Seppir irá repassar recursos entre R$ 120 mil e R$ 200 mil. O cronograma do investimento ainda não foi definido. Espera-se alcançar dois principais resultados: 75% das mulheres com certificado de alfabetização digital e 90% das participantes estimuladas a exercer seu papel enquanto cidadãs autônomas, cientes de seus direitos e deveres em seu meio social. Esses dados serão computados via questionários e depoimentos. “Desejamos contribuir para a criação de um círculo virtuoso de conhecimento e aprender muito mais a história rica e repleta de sabedoria dessas moradoras”, finaliza Frede.

Com 15 anos de trajetória, o Ides tem como missão promover a mobilização entre sociedade civil, poder público e iniciativa privada, focando seu trabalho na formação e capacitação de comunidades, no fortalecimento de culturas locais e na recuperação e revitalização de patrimônios históricos. É uma instituição que faz parte do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS), fomentado pela Fundação Odebrecht e parceiros.

*Com informações do site da Seppir.

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