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Discutindo sustentabilidade

Jorge Soto, responsável por Desenvolvimento Sustentável na Braskem, fala sobre as ações promovidas pelo PDCIS no Mosaico de APAs do Baixo Sul da Bahia. Confira a entrevista!

26 de março de 2015

A Braskem é uma das empresas que apoia o PDCIS – Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Baixo Sul da Bahia, fomentado pela Fundação Odebrecht e parceiros públicos e privados. Em 2012, convidado para colaborar com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o Líder Empresarial da Braskem, Carlos Fadigas, e um grupo composto por mais 25 líderes globais de empresas e da sociedade civil elaboraram uma carta para sugerir medidas que atenderiam aos desafios do desenvolvimento sustentável do planeta. O PDCIS foi uma foi uma das iniciativas indicadas pela Carta dos “Amigos da Rio+20” como exemplo de prática que está gerando transformação social.

Na época, Jorge Soto, responsável por Desenvolvimento Sustentável na Braskem, afirmou que o PDCIS foi incluído por conta de seus resultados e forma de condução. “O foco no desenvolvimento das pessoas, especialmente dos jovens empresários rurais, é possibilitado pelo espírito de parceria que o PDCIS fomenta, reunindo atores públicos e privados. Um projeto dessa envergadura precisa de uma liderança e nesse aspecto a Fundação Odebrecht se destaca, por buscar fazê-lo de forma compartilhada com os diversos agentes”, assegurou.

Passados três anos da Rio+20, Jorge Soto fala sobre a sustentabilidade no contexto das organizações e sobre as ações promovidas pelo PDCIS em prol do desenvolvimento sustentável do Mosaico de APAs do Baixo Sul da Bahia.

01. Você concorda que ainda existe uma visão mistificada do conceito de sustentabilidade, atrelada exclusivamente ao pilar ambiental? Como esse conceito se aplica ao contexto das organizações empresariais?*

Jorge Soto: O conceito de sustentabilidade está em constante mutação. Alguns dizem que está se desgastando por ser mal utilizado, mas eu discordo. Quanto mais se falar no assunto, melhor. Na busca pela conceituação ideal, prefiro usar a expressão “desenvolvimento sustentável”, pois induz à ideia de movimento. A sustentabilidade precisa se tornar um movimento positivo para a sociedade. Se as empresas se posicionarem como solução para os problemas atuais, oferecendo alternativas sustentáveis, estarão integrando a sustentabilidade às suas estratégias e garantindo a sua perpetuidade. Nessa perspectiva, a sustentabilidade deixa de ser apenas ambiental ou social, periférica, e se torna estratégica.

02. Pesquisas mostram que empresas com boa performance em sustentabilidade são aquelas que inseriram o tema em sua governança. Qual a sua visão da Organização sobre o assunto e como ela tem avançado nessa questão?

Soto: Por causa da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) e da lógica de focar não apenas a sobrevivência, mas também o crescimento e a perpetuidade, temos, em nossa raiz, o espírito de servir ao cliente com responsabilidade. Essa lógica sempre esteve conosco, o que não nos impede de melhorarmos nossas práticas com o tempo. As questões de governança fazem parte do processo de melhoria. As empresas de capital aberto, como a Braskem, estão sendo demandadas por uma transparência cada vez maior e temos buscado evoluir nesse tema. Hoje, quando você vê a sustentabilidade com seus três pilares [econômico, social e ambiental], podemos afirmar que todos na Braskem possuem desafios nos seus Programas de Ação que se relacionam de algum modo com a sustentabilidade. A questão central está em reforçar estrategicamente essa posição.

03. Em 2012, o PDCIS, apoiado pela Fundação Odebrecht e por parceiros como a Braskem, foi uma das iniciativas apresentadas na Rio +20 como exemplo de prática que está gerando transformação social. Qual a importância dessa indicação e como você enxerga este programa?

Soto: Essa indicação demonstra um excelente reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Fundação Odebrecht. Alguns aspectos foram determinantes, entre os quais destacaria: o cuidado do envolvimento dos diferentes atores; o foco na formação dos jovens; a adequada forma através do cooperativismo e do empreendedorismo. Para mim, o PDCIS merece destaque pela sua consistência. Seus resultados também demostram isso. é um programa exemplar que pode ser replicado em outros lugares do país e do mundo.

04. A Braskem apoia o crescimento e desenvolvimento sustentável no Baixo Sul da Bahia.  Como você avalia as ações sustentáveis promovidas pelo Programa, que foca no desenvolvimento produtivo da família na zona rural?

Soto: O desafio do PDCIS é tornar próspera a região do Mosaico de APAs do Baixo Sul da Bahia. Educação de qualidade, formação de lideranças locais e a geração de trabalho e renda estão sem dúvida trazendo desenvolvimento para a região. Ao fazer isso proporcionam oportunidades de fixar os jovens no campo, junto às suas famílias. Eles passam a ser verdadeiros protagonistas do desenvolvimento. Os números do PDCIS são impressionantes e fortalecem o processo definido. Em 2014, as ações envolveram 350 Comunidades, beneficiando diretamente mais de 36 mil pessoas e, indiretamente, outras 285 mil, além de 6.500 hectares de área conservada. Trata-se de um programa significativo por seu impacto e alcance social e ambiental.

*As questões 01 e 02 foram extraídas da edição 175 da Revista Odebrecht Informa (nov/dez 2014).

 

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