Uma terra para chamar de minha
Fundo de Acesso à Terra cria oportunidades para que jovens agricultores de Presidente Tancredo Neves possam adquirir suas primeiras áreas para a produção agrícola
1 de fevereiro de 2016
Fundo de Acesso à Terra cria oportunidades para que jovens agricultores de Presidente Tancredo Neves possam adquirir suas primeiras áreas para a produção agrícola
1 de fevereiro de 2016
Seis jovens, seis desejos em comum: tirar da terra tudo o que precisam para viver bem, com qualidade de vida, em suas comunidades. é assim que Elaine, Anderson, Robenilson, Nildo, Almir e Antônio Mauricio pretendem viver daqui para frente. Eles fazem parte do segundo grupo que recebeu apoio do Fundo de Acesso à Terra (FAT), mecanismo criado pela Cooperativa dos Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan) para proporcionar assistência financeira a pequenos produtores, egressos ou estudantes da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), para que tenham condições de cuidar de seus projetos agrícolas e possam viver exclusiva e integralmente de sua renda gerada no campo. A Casa Familiar Rural e a Coopatan fazem parte do Pacto de Governança do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia – PDCIS, apoiado pela Fundação Odebrecht e por parceiros públicos e privados.
Elaine de Jesus dos Santos ainda está no segundo ano de formação na CFR-PTN, mas, por seu ótimo desempenho, tornou-se a primeira mulher a ser beneficiada com o fundo de crédito. Em março deste ano, ela entregou quase 2.500 quilos de aipim e está batendo recordes na região. “Estou produzindo muito além da minha meta e quero pagar o empréstimo o quanto antes. Tenho certeza de que vou conseguir, porque trabalho da forma correta e vendo meu produto a um preço justo pela cooperativa”, afirma. Os jovens agricultores selecionados nesta segunda etapa, com idades entre 18 e 25 anos, são cooperados à Coopatan e têm a carência de um ano para começar a pagar a terra e o período máximo de 10 anos para restituir o valor total, que será utilizado para financiar novas áreas.
As terras utilizadas pelos jovens integram o Condomínio Agrícola Eliane Oliveira, em Presidente Tancredo Neves. Lá, muitos têm a oportunidade que antes não possuíam, a exemplo de Nildo Costa do Nascimento, jovem já formado pela CFR-PTN. “Eu não tinha terra. Comecei então a fazer parcerias com os jovens do primeiro condomínio e plantamos banana, mandioca, aipim e abacaxi. Deu tão certo que pude ter a minha própria área de três hectares de mandioca e de cinco hectares de banana-da-terra”, diz. De olho em melhorias para a sua produção, Nildo pensa além dos métodos agrícolas que já utiliza. “Quero ter uma área de banana irrigada. é uma tecnologia que facilita e nos dá certeza de vitória, para não depender das mudanças climáticas”, afirma.
Segundo Juscelino Macedo, líder da Coopatan, o FAT tem mostrado resultados impactantes por meio dos seus beneficiários e deve ser um modelo a ser implantado em todo o Brasil. “Os cooperados conseguem triplicar a renda e produzem com qualidade”, declara. é o que mostra Anderson de Andrade Santos, jovem formado na primeira turma da CFR-PTN. “O conhecimento traz a renda. Trabalhamos de forma sustentável e aplicamos técnicas que beneficiam os nossos produtos”. O jovem planta mandioca, banana e abacaxi e já pensa em implantar uma área de aipim e ter um criatório de peixe para consumo próprio. “O próximo passo será construir uma casa em minha propriedade. é aqui que quero crescer como agricultor e criar a minha família”, diz.
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