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Expansão da aquicultura – Projeto Beijupirá inicia pesquisas para cultivo da espécie

Objetivo é promover desenvolvimento desse tipo de pescado no interior baiano e ampliar renda de pequenos produtores locais. Estudo tem apoio da Universidade Federal da Bahia

4 de novembro de 2013

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o consumo de peixes por habitante no Brasil teve um crescimento de 58% em dez anos. Somente em 2011, o consumo do pescado aumentou 30%. Em busca do atendimento para esta demanda, os Governos Federal e da Bahia estão incentivando a criação de peixes em cativeiros, principalmente em propriedades rurais e reservatórios de água, como também a criação de parques aquícolas para desenvolver o crescimento da aquicultura no País.

A estimativa da FAO é que o Brasil tem potencial para, até 2030, produzir 20 milhões de toneladas de pescado por ano, sendo que, atualmente a produção atinge 1,4 milhão de toneladas. Nesse contexto, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia (Seagri) e a Bahia Pesca se uniram para promover a ampliação e melhoramento das estações de piscicultura no Estado, bem como outras ações de fomento ao setor.

Uma das parcerias firmadas envolve a Pratigi Alimentos, Casa Familiar das Águas (CFA) e Cooperativa dos Aquicultores de Águas Continentais (Coopecon), instituições ligadas ao Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS). “O intuito é desenvolver a tecnologia social da criação do beijupirá em tanques-rede nas regiões costeiras como baías e estuários, gerando assim alternativas de renda para dezenas de famílias”, esclarece Marcelo Costa, Líder da Cooperativa Estratégica da Aquicultura.

Um dos focos da pesquisa aplicada envolve a Universidade Federal da Bahia (UFBA) para detectar o tipo de ração ideal para a espécie. “Estamos na fase de testes da alimentação, já com alguns peixes sendo criados em cativeiro e passando por experimentos”, afirma Ricardo Albinart, Coordenador do Laboratório de Aquicultura da UFBA.

“O início da pesquisa com o beijupirá familiar representa uma oportunidade proporcionada pelos nossos parceiros sociais na busca de alternativas para novas atividades econômicas sustentáveis, geradoras de trabalho e renda para a inclusão de pescadores em áreas estuarinas”, conta Manoel Santos, Diretor Executivo da CFA.

O Assessor de Projetos Institucionais da Bahia Pesca, Eduardo Rodrigues, explica que a tilápia, em um ano, chega a pesar 1kg. O beijupirá, no mesmo período, pode atingir até 6kg. “Diante disso, o nosso desafio é ter mais rentabilidade com um custo de produção reduzido”, conta.

Erik Bahia, Líder da Pratigi Alimentos, acrescenta que “esta ação abrirá caminho para o desenvolvimento sustentável da aquicultura e expandirá as espécies criadas em tanques-rede. Quando concluída a primeira fase, será obtida uma ração cientificamente recomendada, economicamente possível e socialmente desejada”.
 

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