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Além de cultivar mandioca, agricultores contribuem para conservação de recursos naturais

Na Bahia, produtores rurais organizados em cooperativa mantém compromisso de adotar práticas sustentáveis, como plantio de mudas nativas e recuperação de nascentes

12 de julho de 2013

Cuidar do meio ambiente e conservar recursos naturais, de forma sistemática e integrada, geram resultados significativos para todos. É assim que pensam os associados da Cooperativa de Produtores de Amido de Mandioca do Estado da Bahia (Coopamido), com sede no município de Laje, a 103 km da capital Salvador (BA). “Desde que foi criada, há quatro anos, a Coopamido assume a premissa do cumprimento da legislação ambiental e atuação por meio de um modelo sustentável de negócio, que agrega produtividade e responsabilidade social”, garante Jairo Souza, presidente da Cooperativa.

Marceli Andrade é uma das associadas da Coopamido que participa de projetos para restauração ambiental

Buscando incentivar a geração de trabalho e renda, a Coopamido sela parcerias com fazendeiros de municípios de Laje e do entorno para incentivar o empréstimo de suas terras aos agricultores locais, visando à recuperação de pastos degradados. Estes, por sua vez, utilizam-nas para o cultivo de mandioca e entregam as raízes para a Cooperativa. Na indústria de beneficiamento Bahiamido, a mandioca transforma-se em amido, componente utilizado por indústrias de diferentes naturezas.

Para fazer parte desse processo e ser beneficiado, é preciso desenvolver ações de cunho ambiental, como reflorestamento e recuperação de nascentes. Além disso, o parceiro, seja este um dono de terra ou um cooperado, passa a atuar como multiplicador dessa causa. “Aqui na região não desenvolvíamos nenhuma prática em prol do meio ambiente. Com a instalação da Coopamido, passamos a encarar isso como um compromisso e a replicar os conhecimentos para produtores rurais na minha comunidade”, relata a cooperada Marceli Andrade, moradora da comunidade do Cruzeiro, em Laje.

Em seis fazendas parceiras de atuação direta da Coopamido são mantidos 800 hectares de reserva legal, onde foram recuperadas ou protegidas 84 nascentes. “Queremos oferecer às pessoas oportunidades para desenvolver suas atividades, tendo como referência práticas de conservação. Funciona como um processo educativo e diário, que visa mudanças na região”, ressalta Souza. De acordo com Alan Sousa, responsável pelo pilar ambiental da Cooperativa, a conservação ambiental contribui para que as áreas de plantio da mandioca sejam melhor aproveitadas. ”A mata que envolve os cultivos garante a presença de inimigos naturais de pragas e diminui o risco de transmissão de doenças. As lavouras são conduzidas a partir de práticas que colaboram para aumentar a vazão das nascentes”, garante.

Para aplicar os conhecimentos e atuar em conformidade com as leis, a Coopamido contou com apoios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Ministério Público do Estado da Bahia (representação no município de Santo Antônio de Jesus) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
 

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