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Coragem e determinação marcam a história de agricultor familiar

Aos 75 anos, o agricultor Waldemar Bahia aprende novas técnicas de cultivos e se preocupa com a conservação do meio ambiente

3 de setembro de 2012

Waldemar Bahia, 75 anos, sempre carregou o destino em seu nome. Nascido em Minas Gerais, o agricultor se criou no Espírito Santo, mas foi na Bahia que encontrou o seu lugar, onde reside desde a década de 80. O morador da comunidade Roda D’água, localizada no município de Piraí do Norte (BA), vive atualmente dos cultivos que desenvolve nos 22 hectares (ha) de terra que possui.

O trabalho, divide com a esposa. De nome peculiar, a baiana Senhora Rosa de Jesus, 51 anos, conheceu Waldemar há nove. “Estamos juntos na roça debaixo de sol e chuva. Essa é a nossa vida. A coragem só vai acabar com a morte”, assegura Waldemar. E é com essa força que o agricultor decidiu expandir os seus cultivos e incorporar mais 1 ha de diferentes culturas, como cacau, seringa e frutíferas, método conhecido como Sistema Agroflorestal (SAF).

Para implantação do SAF, Waldemar está contando com apoio da Organização de Conservação da Terra (OCT) – instituição que faz parte do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS), apoiado pela Fundação Odebrecht. Outras instituições também apoiam a iniciativa como a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, a Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira, Instituto Federal Baiano (IFBA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O trabalho em conjunto com a OCT, de acordo com o agricultor, trouxe perspectivas para o desenvolvimento de seus cultivos. “Plantávamos sem conhecimento e assim a nossa produção não era boa. Agora, sei exatamente como adubar. Os técnicos da OCT nos ensinaram a dar passos mais seguros”, diz sorridente Waldemar, que acredita ter uma vida longa para aplicar o que tem aprendido. “Esses 75 anos ainda estão poucos”, afirma.

Com as lembranças de quem vive a segunda metade de um século, ele comemora a oportunidade de colaborar com o meio ambiente, uma vez que a prática do SAF contribui para proteção do solo, regulação hídrica e segurança alimentar. “Estamos reflorestando áreas em torno de rios e morros. Aqui, logo quando cheguei, tinha bastante água. Hoje ela diminuiu por causa do desmatamento. Estou fazendo minha parte. O que seria da gente com a falta de água?”, questiona.

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