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Sistemas Agroflorestais: prática a favor do meio ambiente

Especialistas debatem a produção de alimentos orgânicos por meio de sistemas sustentáveis, como o agroflorestal. Modelo já é realidade no Baixo Sul da Bahia

14 de julho de 2017

“Se tivermos empenho para desenvolver tecnologia no campo na visão da agricultura orgânica, de base agroecológica, podemos dar saltos enormes”. A fala de Rogério Dias, coordenador de agroecologia e produção orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi proferida no encontro “Diálogos Transformadores”, transmitido via internet pela Folha TV, no dia 27 de junho. Com especialistas de todo Brasil, o evento trouxe, entre outros temas, o debate sobre a produção de alimentos por meio de sistemas sustentáveis, como o agroflorestal, e a importância da adoção da prática pela agricultura familiar.

No Baixo Sul da Bahia, o Sistema Agroflorestal (SAF) – modo de plantio que combina culturas agrícolas com espécies arbóreas e abre mão da utilização de agrotóxicos – já é uma realidade para jovens agricultores e suas famílias. Nas Casas Familiares apoiadas pela Fundação Odebrecht através do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), isso acontece por meio das aulas teóricas e práticas, com posterior aplicação em suas propriedades rurais. “Ensinamos o método pois ele possui muitas vantagens. Economicamente, ao ser possível produzir diferentes plantas em uma mesma área e obter renda em várias épocas do ano, e ambientalmente, uma vez que o solo está sempre coberto, diminuindo a incidência da erosão e gerando maior sequestro de carbono”, explicou Samuel Queiroz, monitor na Casa Familiar Rural de Igrapiúna.

O conhecimento é aplicado por jovens como Marcelo Santana, da Casa Familiar Agroflorestal. Com o apoio da Fundação Odebrecht, através do Programa Tributo ao Futuro – Novas Gerações, o jovem implantou um SAF em sua propriedade, o que permitirá o reinvestimento em novos ciclos produtivos. “Plantei diferentes cultivos como banana, cacau e guaraná por meio de um sistema agroflorestal na área da minha família. Isso me deu mais conhecimento, habilidade e desenvolvimento, pois passamos a utilizar técnicas que até então não tínhamos acesso”, afirmou.

Para produtores familiares como Sandra de Jesus, o método só traz benefícios: gera serviços ambientais, aumenta a renda e serve de exemplo. Em 2013, ela assumiu uma área de SAF criada pelo pai e, desde então, administra sua pequena propriedade rural. “Sempre trabalhei da melhor forma possível e tenho orgulho de criar meus filhos com a minha roça”, reforça. Com o apoio da Fundação, mais de 70 hectares desse sistema foram implantados por agricultores beneficiados no Baixo Sul da Bahia.

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