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Rede quer reduzir pobreza na América Latina

Aliança GIFE – RedEAmérica pretende enriquecer práticas que fortaleçam comunidades de baixa renda, difundindo princípios como participação, inclusão e corresponsabilidade.

9 de junho de 2009

Texto: Rodrigo Zavala
Fonte: redeGIFE

Desenvolver estratégias e metodologias compartilhadas para promover e apoiar iniciativas de desenvolvimento de base pela América Latina, qualificando empresas e fundações a trabalhar com o tema. Ao mesmo tempo, colocar na agenda de governos e das agências de cooperação uma alternativa de empreendimento social. Esse é o trabalho realizado pela RedEAmérica – Rede Interamericana de Fundações e Ações Empresariais para o Desenvolvimento de Base, organização presente em 13 países e que, desde 2002, vem reunindo experiências e práticas realizadas por mais de 60 empresas e fundações de origem privada – sendo 10 delas no Brasil.

Agora, a organização se une ao GIFE [Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, que tem a Fundação Odebrecht como sócia-fundadora] para criar a Aliança GIFE – RedEAmérica Brasil e convergir os esforços na redução da pobreza no continente. “Pretendemos produzir grandes impactos por meio de uma união sem sobreposição de projetos”, afirmou Renata Nascimento, Membro do Comitê de CEOs do Bloco Brasil da RedEAmérica, durante o lançamento da aliança, realizado no último dia 02, em São Paulo.

Além de disseminar os conceitos de desenvolvimento de base, a Aliança pretende enriquecer práticas que fortaleçam comunidades de baixa renda, difundindo alguns princípios como: autonomia comunitária, capacidades coletivas, processos autossustentáveis, participação, inclusão e corresponsabilidade. Isto é, tornar as pessoas, e não os investidores ou gestores, protagonistas de sua própria mudança.

Projetos devem derrubar os mitos do trabalho comunitário

Iniciativas de desenvolvimento local podem pecar em dois pontos críticos. O primeiro é o de planejar todo o seu trabalho a partir de um levantamento sobre as necessidades de determinada comunidade ou território. É ainda pior, em segundo lugar, caracterizar as pessoas que ali vivem por renda.

As opiniões são do responsável pelo Núcleo de Estudos e Práticas em Governança Participativa e Desenvolvimento Comunitário [parceria Fundação Odebrecht e ONU], Rogério Arns, que participou do lançamento da Aliança GIFE – RedEAmérica Brasil. Durante o evento, Arns e outros especialistas apontaram grandes obstáculos, tal como atitudes saudáveis em programas de desenvolvimento local.

Na opinião de Arns, um dos erros mais frequentes de propostas de trabalho comunitário é não perceber antes o que há de mais positivo na região. Utilizando-se da metáfora de um copo com um pouco de água, ele disse que as iniciativas sempre olham para a parte vazia (necessidades) e tentam preenchê-la.

A lógica do erro está justamente a de não aproveitar as qualidades da metade cheia (do copo). “Ao prover o que eles não têm, o programa é operador do desenvolvimento, não apoiador. Ainda é particularmente cruel com quem já faz alguma coisa pelo bairro, cujo mérito não é enxergado ou valorizado”, afirmou.
 

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