Casas Familiares retomam aulas semipresenciais
Escolas mesclam atividades remotas e presenciais com atenção à segurança dos estudantes
10 de setembro de 2021
Escolas mesclam atividades remotas e presenciais com atenção à segurança dos estudantes
10 de setembro de 2021
Depois de cerca de um ano e meio, as salas de aulas das Casas Familiares do Baixo Sul da Bahia voltam a receber estudantes. Isso porque as escolas, que são parceiras da Fundação Norberto Odebrecht na realização do PDCIS, estão readaptando suas atividades: antes inteiramente online devido à pandemia da Covid-19, as aulas agora serão ministradas de forma híbrida, unindo as modalidades presencial e remota. Com o avanço da vacinação contra o coronavírus e uma diminuição no número de infecções, o retorno segue protocolos de segurança e ocorre a partir de diálogos constantes com professores, pais, comunidades e os próprios jovens.
Nas Casas, o ensino se dá por meio da chamada Pedagogia da Alternância. Os estudantes passam uma semana integralmente nas escolas, tendo aulas práticas e teóricas, e duas semanas em suas casas, aplicando os conhecimentos em suas propriedades, junto às famílias. Por causa da pandemia, a semana presencial nas escolas havia se adaptado para o formato online e, agora, volta de forma híbrida. Já a etapa de aprendizado que acontece na casa do jovem, como as visitas de monitores para acompanhamento, havia continuado a ser realizada com o distanciamento social, o uso de máscaras e outros protocolos estabelecidos pelas autoridades locais.
Na Casa Familiar Agroflorestal (CFAF), os estudantes já retornaram presencialmente à unidade para a realização das aulas práticas, enquanto os estudos teóricos permanecem remotos. Wendel Caíque, que está no terceiro ano de formação na Casa, diz estar muito feliz com o retorno. “Os estágios estão sendo ótimos. Aqui podemos aprender um pouco mais de perto o que vemos nas aulas online. Está sendo maravilhoso poder voltar para a escola”, diz. As atividades são realizadas em grupos reduzidos e seguem o distanciamento mínimo de 1 metro entre os presentes, como explica Wendel: “não estamos tendo aglomerações e usamos sempre máscaras e álcool gel”.
Já na Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), as aulas teóricas e práticas estão sendo realizadas de forma presencial, mas apenas para 50% dos estudantes de cada uma das turmas, que frequentam a escola em rodízios. Quem não está na escola durante o período segue aprendendo remotamente. Para Francisvaldo Roza, diretor da CFR-I, as adaptações são necessárias para garantir a segurança de jovens, pais e equipe pedagógica. “Pais, professores, todos entendem a importância e a necessidade de voltarmos ao presencial. Por isso, estamos mantendo todos os cuidados, em especial com a turma nova, que estava bastante ansiosa para viver experiências na Casa. Seguimos redobrando os cuidados e procurando, a cada dia, descobrir novas formas de continuar com a nossa missão de educar os jovens”, diz ele.
Fabiana Barreto, assessora pedagógica na Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), concorda. “A retomada das aulas no formato semipresencial tem sido um momento de grande alegria, um recomeço de muita esperança. Estamos focados em manter a comunidade escolar atenta e em seguir todos os protocolos de biossegurança, rumo à realização das alternâncias inteiramente presenciais”, comenta. Na escola, as atividades híbridas começaram com um dia presencial, no qual são priorizadas as atividades práticas ao ar livre; e o resto da semana do chamado ‘tempo escola’, quando os jovens ficavam o período integralmente na Casa antes da pandemia, segue acontecendo de forma remota.
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