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Parcerias com a Embrapa trazem benefícios para instituições apoiadas pela Fundação Odebrecht

Essa aliança tem proporcionado resultados positivos na educação dos jovens e na produtividade dos agricultores da região do Baixo Sul. Confira como ela funciona!

22 de fevereiro de 2018

Trabalho em equipe e compartilhamento de experiências estão no cerne das instituições apoiadas pela Fundação Odebrecht através do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS). Nas Casas Familiares, por exemplo, essa troca de saberes é praticada todos os dias, tanto entre os estudantes e educadores, quanto com parceiros conquistadas ao longo dos anos. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Mandioca e Fruticultura é uma dessas aliadas presentes no cotidiano dos jovens, promovendo cursos, capacitações e oficinas que auxiliam o processo de aprendizagem.

Na Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf), no município de Nilo Peçanha, Baixo Sul da Bahia, um dos frutos dessa união é o projeto Biodiverso: biodiversidade natural associada à vegetação espontânea e o manejo, que começou em 2016 e continuará até 2019. Como estratégia de ação, o projeto oferece bolsas para seis estudantes da instituição, focando na pesquisa participativa, além de fomentar o aprendizado e a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF) – modo de plantio que combina culturas agrícolas com espécies arbóreas e abre mão da utilização de agrotóxicos – nas propriedades dos jovens. O pesquisador da Embrapa – Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas, Rômulo Carvalho, é quem orienta e monitora esses SAF, concentrados na produção de frutas cítricas, como laranja, e limão, por exemplo.

Além disso, através do Biodiverso são realizadas oficinas voltadas para os jovens dos três anos de formação, para suas famílias e produtores rurais da região. Em média, 300 pessoas são impactadas pelos cursos, que abordam temas como Propagação de Fruteiras, Enxertia em Fruteiras e Manejo Integrado de Pragas.

Estudantes da Cfaf em dia de curso Propagação de Fruteiras, promovido pela Embrapa em julho de 2017

Uma das conquistas dessa cooperação foi a menção honrosa recebida pelo projeto Biodiverso no Prêmio Celso Furtado, iniciativa do Centro Celso Furtado e do Ministério da Integração Nacional. A premiação, que aconteceu no dia 5 de dezembro de 2017 em Brasília, reconheceu a eficiência do projeto na categoria Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional. Para Rita Cardoso, Diretora da Cfaf, a troca de experiências com a Embrapa – Mandioca e Fruticultura, além de contribuir com a formação dos estudantes e das suas famílias e comunidades, fortalece a instituição de ensino. “Estamos muito felizes e satisfeitos com os resultados alcançados até o momento, pois a agricultura familiar está sendo fortalecida e nossos jovens estão tendo a oportunidade de ter acesso à pesquisa científica desenvolvida aqui mesmo, na escola”, destacou.

Campos Demonstrativos

A Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN) também firmou uma parceria com a Embrapa, que começou em 2003. O objetivo inicial era o de desenvolver a cultura de mandioca no município, mas, com o passar do tempo, essa união cresceu e levou à inclusão de fruteiras que demonstravam ter um grande potencial econômico na região, como abacaxi.

Uma das principais realizações desse laço foi a construção do Campo Demonstrativo Tecnológico da Mandioca e Fruticultura (CDTMF) na CFR-PTN, levando a uma melhoria na produtividade da região. No Campo Demonstrativo, os jovens estudam, na prática, as diferentes formas de cultivo, aprendendo a identificar doenças e a potencializar as técnicas agrícolas aprendidas na Casa Familiar. Em geral, os agricultores das comunidades impactadas pela implantação do CDTMF aumentaram a sua produtividade de mandioca, passando de 9 toneladas por hectare para uma média de 25 toneladas por hectare – sendo que, atualmente, alguns alcançam até 40 toneladas por hectare.

Para o engenheiro agrônomo Anderson Santos Pinto, monitor da CFR-PTN, as aprendizagens adquiridas no CDTMF são essenciais para o desenvolvimento dos jovens como futuros empresários rurais. “Essa ligação é de grande valor técnico e educacional. Experimentos com as culturas da banana, mandioca e abacaxi vem fazendo a diferença para nós educadores e, principalmente, para os alunos, pois nos dá acesso a novas tecnologias, que podem ser postas em prática nas aulas e nos projetos educativo-produtivos dos jovens, que, mais tarde, levam para a sua comunidade, melhorando, assim, a produtividade da região”, explicou.

Aristóteles Pires de Matos, PhD em Fitopatologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas, também entende o quanto essa aliança beneficia todos os participantes. “Evidentemente que um trabalho desta envergadura, que já dura mais de uma década, só seria possível com o comprometimento das instituições e a dedicação dos membros das equipes diretamente envolvidas na condução dos trabalhos”, concluiu.

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