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Fundação apoia capacitação de jovens rurais para enfrentar desafios do clima

Foi concluído, no Baixo Sul da Bahia, o curso Gestão de Propriedades Rurais de Base Familiar para Adaptação às Mudanças […]

27 de novembro de 2025

Foi concluído, no Baixo Sul da Bahia, o curso Gestão de Propriedades Rurais de Base Familiar para Adaptação às Mudanças do Clima, uma iniciativa da Fundação Norberto Odebrecht (FNO) em parceria com a Organização de Conservação da Terra (OCT), uma das instituições que fazem parte do PDCIS, programa social da FNO.

A formação, que atendeu como público 30 filhos de agricultores familiares da região, teve como objetivo formar agentes multiplicadores preparados para difundir práticas e tecnologias agrícolas de baixo impacto ambiental, ampliar a resiliência climática das comunidades rurais e estimular a gestão sustentável das propriedades familiares.

“Agricultores já notam as mudanças climáticas no regime de chuvas, na temperatura, na biodiversidade, e isso afeta muito a qualidade de vida do produtor e o seu sustento”, conta Eduardo Mamédio, coordenador de área produtiva da OCT. Segundo ele, o curso foi pensado também como uma estratégia para o estímulo à sucessão familiar no campo. “Para fazer com que o jovem se interesse em dar continuidade às atividades da família, ele precisa de mais conhecimento e mais ferramentas para isso”, afirma.

A estrutura curricular da iniciativa reuniu quatro módulos:

  • Produção com responsabilidade social e ambiental, para o incentivo da adoção de um sistema de agricultura eficiente e sustentável;
  • Plantando água e biodiversidade, para introduzir noções básicas de regularização ambiental de propriedade agrícolas e técnicas de restauração florestal;
  • Produzir e conservar, para aprimorar os conhecimentos acerca de técnicas de manejo agrícolas conservacionistas;
  • Minha propriedade e minha empresa rural, para ampliar conhecimentos sobre gestão financeira e administrativa de uma propriedade rural.

Esses módulos foram distribuídos entre atividades presenciais e práticas nas comunidades. “Montamos com os jovens um modelo de Sistema Agroflorestal (SAF) que atende a realidade deles, e que consegue em um ano e meio proporcionar ao agricultor uma rentabilidade de aproximadamente RS$ 60 mil. Invés de produtos químicos e agrotóxicos, a gente usou agroecologia como matriz”, acrescenta Rubens Dário, responsável por ministrar uma oficina sobre arranjos de SAF no curso.

Depoimentos como o de Emanuele Santos Lima, participante da iniciativa, revelam como o conteúdo trabalhado despertou nos jovens a motivação necessária para transformar o cotidiano no campo: “O curso me ajudou muito, vou levar seus aprendizados para a vida, aplicar na minha roça e ajudar minha família. É gratificante poder fazer isso.”

Wendy Wicks, integrante de Sustentabilidade na FNO, destaca que, para além dos resultados imediatos no manejo das propriedades, a formação fortalece o protagonismo juvenil. “Ao unir conhecimento técnico e visão de futuro, o curso contribui para que jovens agricultores assumam papel central na construção de territórios mais sustentáveis e preparados para os desafios do clima”, conclui.

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