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Seminários Rurais incentivam estudantes das Casas Familiares a difundirem informações para famílias e comunidades da região em que vivem

14 de outubro de 2013

Quando os jovens iniciam a formação nas Casas Familiares Rurais localizadas no Baixo Sul da Bahia, são incentivados a se tornar agentes de desenvolvimento local e, consequentemente, multiplicadores dos conhecimentos adquiridos. As unidades de ensino buscam envolver aluno, família e comunidade no processo de aprendizagem, promovendo a inclusão social produtiva dos jovens na região onde vivem.
 
É por meio de seminários rurais, atividade que faz parte do cronograma de ações estabelecido para o primeiro ano de formação, que os jovens iniciam a busca pela mudança da realidade local. Toda a comunidade se reúne e compartilha as experiências adquiridas, em busca da contribuição para o aprimoramento do conhecimento e difusão da informação. 

A preparação se inicia com a elaboração de uma pesquisa participativa realizada pelos estudantes com o apoio do monitor da Casa, que identifica temas de relevância locais. Os assuntos são diversos: fonte de renda, agricultura e meio ambiente. Durante a realização da pesquisa, os jovens vão a campo entrevistar os moradores da região onde a mobilização será realizada. 

Nervosismo, ansiedade e insegurança antecedem as apresentações. Pais, tios e vizinhos escutam atentamente detalhes sobre os municípios onde moram, o patrimônio natural das áreas de conservação ambiental e os cultivos produzidos na região. Nesse momento, a família tem a certeza de que todo o esforço e dedicação estão valendo a pena. 

Joelma Rosário, mãe de Ícaro Santos, estudante da Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), conta que “eu e o pai dele saímos cedo para trabalhar e sempre ficávamos preocupados nas semanas que o meu filho estava na Casa Familiar, pois não sabíamos se ele estava se dedicando por completo aos estudos. Mas diante do que vimos na sua apresentação, ficamos contentes com o seu empenho”.

Joelma se refere à metodologia diferenciada de ensino, chamada de Pedagogia da Alternância, em que os alunos passam uma semana na unidade de ensino em período integral, com aulas na sala e no campo, e duas semanas em suas propriedades aplicando os novos conhecimentos. Durante os três anos de formação, aprendem sobre administração rural, cooperativismo, manejo de solos, irrigação, drenagem e as mais diversas culturas. 

Quésia de Jesus Santos, estudante da CFR-I e moradora do Km 29 no município baiano de Piraí do Norte, resumiu a importância do Seminário Rural realizado. “Agora eu tenho voz na minha comunidade. As pessoas me escutam e tiram suas dúvidas. Depois do evento, a associação de moradores de minha região foi reativada”, diz. 

A jovem Sirlane Silva, aluna da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), apresentou o seminário na comunidade das Flores, município de Wenceslau Guimarães. “Para mim foi de grande importância esse momento de interação. Todas as pessoas participaram, esclareceram suas dúvidas e perceberam que temos muito a colaborar com a comunidade”, conta. 
 
"Ajudamos as comunidades a terem um olhar diferenciado com relação aos temas abordados, que geralmente são voltados para a preservação e importância do meio ambiente. A realização dos seminários traz também para mim experiências que serão utilizadas na minha vida pessoal e profissional", comenta Moisés Oliveira, educando da Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf).

 

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